Análise Uncharted: Lost Legacy

Uncharted: Lost Legacy chega já no dia 22 de agosto ao mercado. E preparem-se, porque este exclusivo PlayStation honra de forma clara o legado da franquia da Naughty Dog. Desta vez não há Nathan Drake para ninguém, surgindo como heroínas da trama Chloe Frazier e Nadine Ross. No que diz respeito à dinâmica de jogo e às mecânicas do mesmo, as alterações não são profundas. Continuamos a bailar pelo ecrã naquele registo parkour dos Himalaias, mas desta vez com a ação centrada por terras indianas e onde o objetivo é, inevitavelmente, descobrir um artefacto antigo – a presa de Ganesh.
Fica provado, uma vez mais, que na saga Uncharted a Naughty Dog não se limita a vender jogos, mas sim histórias e experiências ricas que nos remetem literalmente para o centro da ação. Como já escrevi, a dinâmica não muda e nem precisa de mudar. Se a coisa está tão bem montada e há tantos anos, não é preciso arriscar e tentar inovar com mais armas ou mais veículos que podem dar disparate. Basta apostar forte na narrativa e deixar que o resto flua de forma tranquila. O que é que isto quer dizer? Simples...
Desde os primeiros minutos de jogo que nos deixamos literalmente envolver no cenário gorduroso de um vilarejo indiano, onde o perigo espreita a cada esquina e onde temos de nos infiltrar em território inimigo em busca da nossa companheira. E o facto de a aposta incidir em duas mulheres tem efeitos desde esta fase de jogo. A aparente fragilidade de Chloe deixa-nos meio inquietos e pode até moldar as nossas decisões, até ao momento em que percebemos que é uma mulher de barba rija e que também sabe, e muito, da arte da guerra.
De resto, não é em vão que depois de Horizon Zero Dawn ter uma fortíssima personagem feminina, a esbelta Aloy, vemos surgir este Uncharted e, lá mais para a frente, teremos ainda Last of Us 2, onde controlaremos Ellie ao invés de Joel. A indústria já percebeu que o arquétipo habitual do herói de videojogos, de barba por fazer e pala no olho, está esgotado e que é necessário encontrar outras fórmulas. E em Lost Legacy esta é uma aposta claramente ganha.
Feitas as contas, este é mais um pedacinho de céu da saga Uncharted. É impossível não nos deixarmos fascinar pelos cenários apuradamente construídos, pelas personagens secundárias de tremenda qualidade e por um grau de imersão que é praticamente total e recheado de detalhes. Se a isto juntarmos a tal receita do sucesso em termos de mecânica de jogo (quem não gosta de andar aos saltos de penhasco em penhasco?), está tudo dito. Um título portentoso e que nos vai deixar agarrados de início ao final.
Nota ainda para os modos online, que estão renovados e que garantem uma longevidade assinalável ao jogo, logo que terminem a história principal. E se é verdade que habitualmente me "atiro" às más legendas ou, pior ainda, às más dobragens, desta vez vergo-me humildemente aos pés de quem fez o registo vocal da versão portuguesa. Muita qualidade, muito empenho e uma ajuda extra para nos manter dentro da trama. Chapeau!


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